sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Contos da Farmácia


Em meados de agosto no remoto e longínquo ano de 2003 eu colo grau em Farmácia pela "gloriosa" Universidade Católica de Pelotas, mal sabia eu que essa condição profissional de responsável técnico por uma farmácia me proporcionaria situações e incríveis.
Pensando em dividí-las com os amigos, farei aqui um breve relato das situações engraçadas por que passei, mas, antes de tudo, peço que todos façam um exercício: Imaginem-se em cada uma das situações, com jaleco branco, sendo chamado de Dr e pensem na remota possibilidade de não rir na frente do cliente.

1) Uma sra entra na farmácia vagarosamente, olha para todos os lados, analisa cuidadosamente os ítens das prateleiras e dos corredores, após a demorada análise e cuidadosa reflexão ela finalmente chega no caixa e pergunta: "Eu estou com problema na minha câmera fotográfica, tens como arrumar?" Ao ser avisada de que o estabelecimento era uma farmácia e que por isso não poderíamos ajudá-la ela diz: Ahhhh que pena! Achei que era uma videolocadora (!)

2) Um casal na calçada em frente a farmácia parecia discutir, com o barulho da rua ficava difícil ouvir o que diziam, algo como: vergonha, para que? Para com isso!
De repente o homem que antes discutia se irrita e entra na farmácia, tomado de decisão e sem pestanejar lança: "Minha mulher tá com vergonha, ela tá trancada faz tempo, me dá dois LACTO BURGUER!"

3) Numa chuvosa noite de quinta feira pré feriado, a cidade ja estava vazia e faltavam cinco minutos para fechar as portas, quando sou surpreendido por um homem aparentando ter uns 40 anos, que bastante envergonhado diz: "Tens tampax?"
Infelizmente não Sr, mas temos o OB! Trata-se do mesmo produto, mas a marca é diferente. Pode ser?
O Homem sem pestanejar diz que sim, e eu pergunto qual tamanho, mini, médio ou super? Sim! Para os desavisados informo o absorvente interno tem tamanho, e nada tem a ver com o diâmetro vaginal e sim com o fluxo menstrual.
O cliente bastante incomodado olha cuidadadosamente a embalagem do produto, me olha, analisa o produto novamente e chega a uma brilhante conclusão:
"Olha tche! Ela tem 39 anos e ja teve 3 filhos, acho que não tem jeito! ME DÁ UMA CAIXA DO SUPER!

4) Chegando do dentista, e sem conseguir falar direito o cliente entra na farmácia dizendo que queria genérico. Na receita o seguinte: Amoxicilina 500mg.
Perfeito, disse a ele que poderia sim lhe vender genérico, fui até a prateleira e lhe alcancei uma caixa de um genérico de boa qualidade.
O cliente, desconfiado pergunta: "Mas Dr, esse é bom?"
É bom sim! Medicamento de qualidade.
OK! Diz o cliente!
Passados dois dias da visita o mesmo cliente me liga e ja falando corretamente me lasca sem perdão:
"Dr! Esse remédio que o Sr me deu afloxou o meu esterco!"

HAHAHAHAHAHAHAHA

Estou chorando de rir, talvez por lembrar de cada uma das situações com total clareza, e principalmente da força que fiz para não rir na frente da pessoa.
Tenho várias situações como essas, e todas estão devidamente anotadas, em breve postarei mais algumas!
Abraço!

Um comentário:

  1. Bá, velho, tô me mijando de rir até agora! A do tampax foi a melhor, disparado!
    Abração!

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