Jabulani

Minha teoria, destaco aqui que isso é apenas a minha teoria sobre toda essa história.
Em meados de 1990 em um belo dia de sol no verão europeu, os dignos senhores da FIFA reunidos com os não menos dignos senhores da International Board, estavam entre um cachimbo e outro pensando em quais atitudes poderiam tomar para aumentar a média de gols no futebol mundial. No final dos anos 80 e início dos anos 90 a retranca imperava e os placares eram cada vez mais magros e desinteressantes.
João Havelange pensava em silêncio, Joseph Blatter (seu cupincha) observava Havelange e fazia o mesmo. Até que como um passe de mágica, uma ideia!!!!
Vamos aumentar o tamanho do gol!
Houve comemoração, gritos de alegria, alguns sussurravam que Havelange era mesmo o cara, mas (e sempre tem um mas) um Sr que ao que tudo indica só poderia ser alemão disse:
Ja pensaram em como vamos fazer para alterar todas as goleiras do mundo? E quem fiscalizará isso? Os senhores concordam que é uma solução operacionalmente complicada?
Houve silêncio.
Um brasileiro que estava ilegal no país europeu e que trabalhava no local servindo café, passava por ali, ouviu o imbróglio e espantado com tudo que ouvira disse risonhamente: É mais fácil diminuir a bola!
Espanto geral!
E após um novo e longo período de silêncio Havelange sentenciou, está feito! Diminuiremos a bola!
Mas e as regras? As medidas? O peso? Como fazer?
Criaram-se texturas, novos materiais, ranhuras e um sem fim de artifícios, nascia aí o terror dos goleiros, as bolas modernas! Capazes de atingirem velocidades absurdas, de trajetórias impensadas e de traiçoeiras mudanças de direção.
Com nome bastante identificado com o mundial da África a Jabulani não é diferente. Júlio César disse sem o menor medo: "A bola da Copa é horrível, horrorosa. Parece com aquelas bolas que você compra em supermercado".
Mark Schwarzer, goleiro da seleção australiana disse que a Jabulani é bastante arisca, afirmou também que a bola é ruim para jogar Futebol.
Havelange, Ricardo Teixeira, Blatter e toda essa turma deve estar às gargalhadas, pensando no faxineiro brasileiro e em quanto vão lucrar com o aumento dos gols no mundial. E nós?
Nós queremos mais é ver gol e pronto!
Azar é do goleiro!